Semana passada, infelizmente vi minha irmã chorar. Não foi um simples chorar, foi um choro com "a alma".
Logo quando tudo isso aconteceu, me lembrei do texto deste blog que adoro muito e sigo http://vrgdl.blogspot.com/2011/12/sobre-perdas-e-luto.html
Para aqueles que pensam que perdemos alguma "pessoa" da família, vou tranqüiliza-los, não era um ser humano, mas sim um gatinho que preencheu a vida da minha irmã!
Um gatinho que minha irmã tratava como filho, que dava o mesmo amor, broncas e carinhos que uma mãe dá ao filho.
Ficava brava quando ele voltava tarde (engraçado, pois todos os gatos são boêmios), dava comida e limpava suas sujeiras como um bebê ou neste caso, como um alguém no finalzinho da vida, mas sempre com um grande amor, aquele amor que o único e verdadeiro: o amor de mãe.
Todas as palavras escritas no blog Viviane Delani (dona do link acima) fazem sentido nessa situação também. Inevitável passarmos por um período de luto e de sentimento de "perda". Impossível não querer voltar no tempo e tentar mudar tudo o que aconteceu, mas como no artigo da Viviane dizia, "o luto é um processo que pode ser adiado e não evitado.
Todos os animaizinhos fazem parte de nossas famílias, de nossas vidas! É difícil de não se apegar quando recebemos carinho deles por pequenos gestos que nós seres humanos nos esquecemos de dizer obrigado!
Difícil de não querer que eles vivam eternamente quando eles nos trazem momentos alegres, lembranças de nossas saudosas infâncias. Dolorido pensar de que chegaremos em casa depois de um dia árduo de trabalho e stressante, mas eles mesmo assim só querem nosso carinho!
Quando minha irmã me ligou pedindo para levá-la na clínica pois o Melzinho foi proteger os anjinhos e as almas do outro lado, senti a tristeza na voz dela. Não pude deixar de me comover também. O primeiro ato que fiz ao chegar na clínica foi dar um abraço na minha irmã (talvez pensando que iria consolo-la, porém eu sabia que era mais pra me consolar).
Queria dizer a minha irmã o quanto tentei ser firme para que ela sofresse menos com perda e que comprarei 10000 gatos pra ela ser feliz a cada dia e que se a perda nos machuca e dói é porque o caminho até aquele momento foi repleto de felicidade!
Renato Hiroshi Tenguan