sexta-feira, 2 de março de 2012

A CADA DIA UM NOVO PASSO

Semana passada, infelizmente vi minha irmã chorar. Não foi um simples chorar, foi um choro com "a alma".

Logo quando tudo isso aconteceu, me lembrei do texto deste blog que adoro muito e sigo http://vrgdl.blogspot.com/2011/12/sobre-perdas-e-luto.html

Para aqueles que pensam que perdemos alguma "pessoa" da família, vou tranqüiliza-los, não era um ser humano, mas sim um gatinho que preencheu a vida da minha irmã!
Um gatinho que minha irmã tratava como filho, que dava o mesmo amor, broncas e carinhos que uma mãe dá ao filho.

Ficava brava quando ele voltava tarde (engraçado, pois todos os gatos são boêmios), dava comida e limpava suas sujeiras como um bebê ou neste caso, como um alguém no finalzinho da vida, mas sempre com um grande amor, aquele amor que o único e verdadeiro: o amor de mãe.

Todas as palavras escritas no blog Viviane Delani (dona do link acima) fazem sentido nessa situação também. Inevitável passarmos por um período de luto e de sentimento de "perda". Impossível não querer voltar no tempo e tentar mudar tudo o que aconteceu, mas como no artigo da Viviane dizia, "o luto é um processo que pode ser adiado e não evitado.

Todos os animaizinhos fazem parte de nossas famílias, de nossas vidas! É difícil de não se apegar quando recebemos carinho deles por pequenos gestos que nós seres humanos nos esquecemos de dizer obrigado!
Difícil de não querer que eles vivam eternamente quando eles nos trazem momentos alegres, lembranças de nossas saudosas infâncias. Dolorido pensar de que chegaremos em casa depois de um dia árduo de trabalho e stressante, mas eles mesmo assim só querem nosso carinho!

Quando minha irmã me ligou pedindo para levá-la na clínica pois o Melzinho foi proteger os anjinhos e as almas do outro lado, senti a tristeza na voz dela. Não pude deixar de me comover também. O primeiro ato que fiz ao chegar na clínica foi dar um abraço na minha irmã (talvez pensando que iria consolo-la, porém eu sabia que era mais pra me consolar).

Queria dizer a minha irmã o quanto tentei ser firme para que ela sofresse menos com perda e que comprarei 10000 gatos pra ela ser feliz a cada dia e que se a perda nos machuca e dói é porque o caminho até aquele momento foi repleto de felicidade!




Renato Hiroshi Tenguan


4 comentários:

  1. Poxa Renato que dó!!! As perdas são muito triste mesmo, seja um parente, amigo, conhecido ou um animalzinho que fazia parte de nossa vida. O Rafa ganhou seu primeiro cachorrinho aos 2 aninhos (n entendia muito bem sobre sentimentos) e em menos de 1 mes o cachorrinho morreu. Quem cuidou mais dele foi o Du, passou 1 noite inteira cuidando do Tigor (esse foi o nome que o Rafa deu pra ele), sentado do lado pq o cachorrinho so gemia e n conseguia dormir. Tigor, um misto de poodle com vira-latas, ficou internado em uma clínica veterinária e logo morreu. Ficamos super tristes, era nosso primeiro animalzinho e decidimos comprar outro. Compramos o Lucky (esse poodle legítimo rs) em um dia que fomos visitar um canil, morávamos no Rio de Janeiro essa época. Ele era o cachorrinho mais feio do canil (estava meio mal cuidado, muito mal tosado), mas ao mesmo tempo ele nos encantou com aqueles olhinhos verdes e o fucinho marrom. Estava brincando com uma bolinha e outro poodle todo serelepe. Decidimos levar o poodle feio que se transformou em um lindo caozinho que adorava brincar. Nossas lembranças são muitas!!! Infelizmente n pudemos trazer o Lucky para onde iriamos morar e ele ficou com a vovó do Rafa que ama animais. Ela cuidou do Lucky como um filhinho (como faz com todos os seus outros animais), mas infelizmente um dia ao voltar do pet shop, depois de um gostoso banho, Lucky conseguiu fugir do entregador e sumiu no mundo. Até hoje não temos certeza do que aconteceu ao certo, mas minha sogra procurou ele muito tempo e nesse tempo teve noticias de um caozinho igual ao lucky havia sido atropelado e o lixeiro levado o corpinho. Foi muito triste!!! Depois disso nunca mais tivemos nenhum cachorro, mais por morar fora do que por não querer. Quando voltarmos para o Brasil gostariamos de ter um outro cachorrinho. Os meninos sempre pedem para comprarmos um, mas fica muito dificil viajar com eles, eles sofrem muito. Comentário grande o meu né, foi quase um post kkkkkk Bjokas

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  2. Re, fiquei emocionada com a homenagem ao Melzinho. Como seu nome diz, era doce como Mel. Foram 6 meses de luta diaria por causa da Insuficiencia Renal e muitas outras complicações que ele teve, desde infecções resistentes a maioria dos antibioticos, internação por edema de pulmão e mesmo com seus graves probleminhas, ele lutava dia a dia, para vencer cada um que aparecia. Ele é quem me dava forças para continuar o tratamento, sabia esperar horas a sua vez de ser atendido, muitas vezes tendo que ir de um lugar para outro da cidade para fazer exames. Soro, medicações, mais exames... . Quando a paciência dos humanos já havia terminado, ele sabia esperar. Na sua cadeirinha sozinho ( nunca vi gatinho sozinho sem tentar fugir) e seu cobertorzinho, ficava quietinho muitas vezes de olhinhos fechados ( parecia estar meditando), pedia água, me avisava quando precisava fazer suas necessidades ( gostava do ralinho na sala da doutora), não se assustava com barulhos,nem quando cachorros se aproximavam ( na sala de espera da clinica veterinaria todos querem cheirar). Tão pequeno, mas tão especial. Ensinou a paciência, a resignação para aceitar o que não pode ser mudado. Re, suas palavras e seu abraço me trouxeram conforto, por saber que não estamos sozinhos nesse momento, e como disse acima, a perda não pode ser evitada, a dor desse momento muito menos. E como vc disse, se dói é porque o caminho foi repleto de felicidades. Meu coração está em paz ao lembrar dos momentos inesqueciveis de 12 anos de convivio, momentos unicos, de muito Amor. Valeram a pena!!!Acho que nem 10000 gatinhos conseguiriam preencher o espaço que apenas um pequeno gatinho ocupou. Melzinho foi unico.
    Obrigada Re, pelo carinho.

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  3. Imagina Viviane, acredito que mesmo que grande o comentário mostrou o quanto é difícil a decisão de ter um animalzinho de estimação, mas em contrapartida o quanto vivemos momentos de alegria!
    Realmente, pra quem vive fora do país ou tem rotina de viagens muito grande, fica um empecilho a mais na decisão. Sabendo ainda que as crianças dificilmente conseguem criar laços de amizades pela constante rotina de viagem, acredito que vocês fiquem com mais dor no coração ainda de negar esse pedido.
    Nós entraremos em contato com uma veterinária para que ela escreva futuramente algumas dicas para tudo isso, tanto do cuidado como o que levar em consideração na escolha!
    Bjokas!

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  4. Oi, Cris, realmente quem vivenciou essa jornada sabe o quanto você se dedicou.
    Nada acontece por acaso e realmente as pessoas aprendem muito com os animais!
    Sei do seu amor pelos animais e como a frase da senhora do filme "Hachiko", aquele que ama os animais sabe ser gentil com o ser humano!!!

    Bjos

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